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ARTIGOS

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Leão de Jardim

Por estes dias tenho considerado sobre o cuidado que os ministros do evangelho devem ter para não serem acometidos pelo que designo como “Síndrome do Leão de Jardim”.

Quem já parou para observar um leão de jardim, certamente se ateve à sua beleza e imponência. Seu espectro de alguma forma nos arremete  à perspectiva artística do período medieval. A imagem de um leão que verte água pode ilustrar a ideia de um rei provedor e esta concepção, em definitivo, é bastante significativa, mas ao me referir à “síndrome do leão de jardim” me refiro à algo que transcende o prisma artístico. 

Minhas considerações se dão ao fato de que este Leão, embora jorre água, que é a representação da vida, ele mesmo não está vivo. Ele verte algo do qual não se beneficia e, é sobre este olhar que gostaria de considerar brevemente. Precisamos nos acautelar de modo a não sermos como um leão de jardim imponente e belo, mas, sem vida. Anunciadores da vida, mas não possuidores da mesma. 

Quantos ministros tem vertido água sobre muitos, sem pessoalmente ter experimentado dela. Quem vê ao longe se impressiona com a beleza, com a perspicácia teológica, com a postura ilibada, com a retórica articulada; mas ao chegar mais perto verifica-se que não está vivo; é estático, não reage, entrega aquilo que ele não tem, fala do que ele não sente, discorre sobre aquilo que ele nunca experimentou, expõe sobre aquilo que ele não vive, alcança muitos enquanto ele mesmo permanece perdido.

Que o Senhor nos guarde de vivermos uma vida de ilusão, em que oferecemos a água quando nós mesmos não bebemos dela.

 

Autor: Edson Jr / Summer - 2020

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