

“Spreading the good news to the world”
“Espalhando as boas novas para o mundo”
“Difundiendo las buenas novas para el mundo”
ARTIGOS

A palavra “inclusão” tem sido sistematicamente usada por grupos e entidades de caráter progressistas, talvez por isso esta palavra tem sido evitada em nossos ciclos; contudo é de se verificar que uma marca patente do ministério terreno de Cristo foi a inclusão.
No decorrer de sua lide ministerial Jesus incluiu homens e mulheres de “caráter duvidoso” em seu ciclo íntimo de aprendizes.
O colégio apostólico era um acinte para muitos, pois alguns dos discípulos não estavam nos padrões desejáveis ao “elevado” escrutínio da presunçosa religiosidade operante naquele tempo.
Jesus provocava ojeriza na classe farisaica por incluir a mesa, publicanos e pecadores;
“Ora, estando ele à mesa em casa, eis que chegaram muitos publicanos e pecadores, e se reclinaram à mesa juntamente com Jesus e seus discípulos. E os fariseus, vendo isso, perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com publicanos e pecadores?” Mt 9:10 e 11
Nos dias de Jesus a segregação imperava em todos os níveis, havia segregação na perspectiva religiosa como constantemente observamos nos evangelhos, havia segregação racial como vemos no relato de Joao 4 mutuamente praticada por Judeus e Samaritanos; este tipo de segregação também é observado entre Judeus e Romanos concomitantemente, havia ainda a segregação promovida pelo abismo social entre as classes existentes.
Jesus, contudo, surge para esfacelar os muros da segregação, promovendo a inclusão, ele aproxima os diferentes, é no mínimo fascinante observar no colégio apostólico o publicano Mateus, sentando a mesa com o revolucionário Simão o zelote, digno de nota é a inclusão feminina na missão de Cristo, na qual tiveram relevante atuação, não penso ter sido casual terem sido mulheres as primeiras a verem o túmulo de Cristo vazio, a elas coube anunciar primariamente as boas novas da ressurreição.
Posteriormente na igreja primitiva o “espírito de inclusão” por assim dizer, permanece, vivo e ativo, o que é belamente constatado nas palavras de Paulo, esculpidas na epístola aos gálatas.
“Todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus, pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram. Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus. E, se vocês são de Cristo, são descendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa”. Gl 3:26 ao 29.
Contudo de modo a superar qualquer incompreensão quanto ao uso do termo “inclusão”, gostaria de considerar neste breve texto, que a distinção da inclusão de Cristo para a inclusão promulgada, por “Cristãos progressistas”, está em que, na inclusão de Cristo, senta-se a mesa “doente” em paráfrase ao texto de Mt 9:12, levanta-se da mesa restaurado , em outras palavras o evangelho de Cristo propõem incluir para restaurar, ao passo que o dito “evangelho progressista” sugere a manutenção do “status quo” daquele que se inclui, a partir desta breve analise podemos afirmar que inclusão sem transformação não é o evangelho de Cristo senão outro evangelho.
Rev. Edson Jr Março de 2023